Fim do Dólar? 11 Países Dizem Adeus à Moeda Americana!
Por décadas os Estados Unidos foi o pilar do comércio global, mas agora ele enfrenta uma revolta inesperada que pode marcar o fim do dólar como conhecemos. Numa manobra inesperada e cheia de coragem, onze países da Commonwealth of Independent States (CIS) decidiram banir o uso da moeda em transações comerciais entre si.
Com isso, essas ex-repúblicas soviéticas estão virando as costas para a moeda americana e neste artigo vai entender quem são esses países e suas motivações. Exploramos também o clima geopolítico tenso, a perda de credibilidade dos EUA e o que isso significa para o mercado e para nós, brasileiros!
Dólar: De Rei Global a Alvo de Rebelião
Desde que uma série de países escolheu o dólar como reserva global nos Acordos de Bretton Woods (1944), a moeda tem praticamente mandado no mundo.
Na época, o fato dela ser atrelada ao ouro e a força dos EUA pós-Segunda Guerra a tornou a melhor opção para formar um sistema financeiro global estável de transações internacionais.
E mesmo em 1971, quando Nixon abandonou o padrão-ouro do dólar, o petrodólar surgiu, garantindo o reinado da moeda. Afinal, as transações de petróleo, que movimentam bilhões, são feitas majoritariamente em dólares.
Todo esse quadro criou uma demanda constante do dólar, que hoje representa cerca de 57% das reservas globais e 88% das transações internacionais. Porém, todo reinado tem seu fim e parece que o do dólar pode estar se aproximando.
Sanções dos EUA, como as contra a Rússia em 2022, que congelaram US$ 300 bilhões em reservas, mostraram o dólar como uma arma política, deixando diversos países amedrontados com a possibilidade.
O CIS, buscando soberania financeira, está agora respondendo com uma espécie de desdolarização, um movimento para priorizar moedas nacionais e descartar a moeda americana.
Quem São os 11 Países do CIS Que Estão Dando um Fim ao Dólar?
A CIS, ou Comunidade dos Estados Independentes, é uma organização fundada após a dissolução da União Soviética que hoje reúne 10 países ex-soviéticos para promover cooperação em áreas como economia, segurança, cultura e política.
Seus membros — Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão — decidiram, após a cúpula de janeiro de 2025, banir o dólar em transações comerciais internas e entre si, com 85% das trocas em moedas nacionais em 2024, subindo para 95% com a China.
Obviamente, cada país tem seus motivos para adotar a medida, mas no final, a razão maior é devido às sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia, Líder do CIS, e a alguns outros países do mesmo bloco.
Ucrânia: O Aliado que Surpreendeu
Mas o que surpreendeu mesmo foi o fato da Ucrânia, um dos fundadores do CIS, mas que havia suspendido sua participação em 2018, também fazer parte desse novo acordo.
Parece que, apesar da guerra com a Rússia, a Ucrânia priorizou os interesses e laços econômicos com seus vizinhos. Atualmente, o país sofre com a escassez de dólares e vem usando hryvnia, sua moeda oficial, para importar bens essenciais.
Desde 2022 a Ucrânia é dependente de mais de US$ 100 bilhões em ajuda americana, mas segundo economistas locais, isso não se trata de lealdade e sim de “sobrevivência econômica”.
E embora para os EUA essa notícia seja praticamente um golpe, é bom lembrar das farpas que Zelensky, presidente da Ucrânia, e Trump, presidente dos Estados Unidos, vem trocando em relação a divergências sobre ajuda militar, acordos econômicos e a postura de Trump em relação à Rússia.
Esses países, com 4,7% de crescimento do PIB em 2024, priorizam moedas locais para reduzir custos, contornar sanções e ganhar autonomia, se livrando do controle do Tio Sam.
Mas e Agora? Será Mesmo o Fim do Dólar?
Obviamente, apenas o CIS parando de utilizar o dólar não é o suficiente para desestabilizar a moeda por completo, mas é bom notar que os Estados Unidos já estão em uma posição bem difícil.
A guerra comercial EUA-China, com tarifas americanas passando dos 200% e sobrando até para os aliados mais próximos do país, vem intensificando as rivalidades e deixando muita gente com uma pulga atrás da orelha.
E para colocar ainda mais lenha na fogueira, as sanções “woke” contra países por políticas sociais, a interferência de Trump no Federal Reserve e uma dívida de US$ 33 trilhões derrubaram o índice DXY (indicador financeiro que mede o valor do dólar americano) para 98.164, o menor em três anos.
Ainda temos o BRICS, bloco econômico do qual o Brasil, China e Rússia fazem parte, pensando em criar uma moeda própria e também deixar o dólar de lado.
E em meio a tudo isso, o Oriente Médio passa a aceitar yuan (moeda oficial da China) para petróleo, desbancando de vez a hegemonia dos Estados Unidos.
Esse cenário multipolar faz o mundo se perguntar se realmente é uma boa ideia continuar dependendo exclusivamente do dólar, especialmente quando a qualquer momento ele pode ser usado como arma.
Papel da Tecnologia Nisso Tudo
Mas é claro, a tecnologia vai desenvolver um papel fundamental nessa história, afinal, hoje mais do que nunca o dólar está sendo substituído por moedas digitais como o Bitcoin e o Ethereum.
Inclusive, a própria Rússia e a Ucrânia vêm fazendo um uso pesado delas para combater os efeitos da guerra e das sanções econômicas.
Utilizando essas tecnologias e outros recursos como acordos bilaterais, fica muito mais fácil sair das garras dos Estados Unidos.
Mas e aí, o que você acha? Será esse o início do fim para o dólar ou o Tio Sam continua inabalável?
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